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SPDA: Projeto de sistema de proteção contra descargas

Você sabe o que é SPDA? Se sua resposta é não ou apenas ouviu falar, venha conhecer um pouco mais sobre esse assunto conosco.

As siglas SPDA significam sistema de proteção contra descargas atmosféricas, ou seja, estão intimamente relacionadas a termos como: energia elétrica, choques elétricos , instalações elétricas, dentre outras.

O SPDA é popularmente conhecido como para-raios, agora sim, ficou mais fácil de entender o que essa sigla significa, não é mesmo?

Mas para que serve o SPDA ou para-raios?

O seu objetivo principal é minimizar ou até mesmo impedir o impacto das descargas atmosféricas. Se você não está acostumado com este sistema de proteção, leia o texto até o final e entenda tudo sobre o mesmo.

O SPDA tem por função proteger pessoas, edifícios, prédios, tubulações, tanques, animais, dentre outras coisas, das descargas atmosféricas.

Isso porque o SPDA dissipa e direciona as descargas atmosféricas por um trajeto que seja seguro até a terra. Ele, então, diminui ou até mesmo evita os danos em construções oriundas de descargas atmosféricas.

Um ponto importante a ser considerado é que nem sempre o sistema é 100% eficiente, mas ele reduz os riscos de forma considerável. O SPDA não pode evitar que a descarga ocorra, pois é um processo climático, ninguém pode controlar o clima.

O SPDA é formado por um subsistema de captação, um subsistema de descidas, um subsistema de aterramento, um subsistema de equipotencialização e definições de distâncias de segurança. Ele é basicamente constituído por essas partes.

 O setor responsável por interceptar as descargas atmosféricas que atingiriam a construção é o subsistema de captação. O subsistema de descidas leva  a corrente da descarga até o subsistema de aterramento, então, este escoa a corrente da descarga na terra.

Conhecendo mais o SPDA

O importante é saber porque você deve se preocupar com a instalação e o bom funcionamento de um SPDA. Aqui vai uma informação crucial: de acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o Brasil é o país com maior incidência de raios no mundo. Caem mais de 50 milhões de raios em solo brasileiro todos os anos. Só com esses dados já é possível ter motivos suficientes para instalar um SPDA.

Para-raios, como funciona?

Porém, antes de falar mais sobre o SPDA, vamos conhecer um pouco sobre o funcionamento e os tipos de para-raios.

O para-raios é um dispositivo utilizado com o fim de  proteger as edificações e sua função principal é criar um caminho seguro para a descarga elétrica. Ele faz parte de um sistema complexo de proteção contra raios.

Existem 3 componentes principais em um para-raios. As hastes atuam como um terminal para uma descarga atmosférica e a maioria é um objeto pontiagudo. Agora os cabos condutores consuzem a corrente das hastes até o solo. No final, há as hastes de aterramento, que são barras enterradas e nas quais os cabos condutores estão conectados.

Quais são os tipos de para-raios existentes?

Os tipos de para-raios mais utilizados são 3. O primeiro é o para-raios de Franklin. Nele, o volume de proteção é determinado por um cone, sendo que a altura da construção e o nível de proteção são considerados no dimensionamento.

Ainda, há uma haste metálica onde ficam os captadores e um cabo de condução que atinge o solo, no aterramento, levando a energia da descarga elétrica. É indicado para construções altas e com pouca área horizontal.

Os para-raios de Melsens utilizam como base de funcionamento a gaiola de Faraday. É bastante utilizado em galpões e edifícios com pouca altura, mas enorme área horizontal.

Consiste em instalar captores constituídos por condutores no formato horizontal. A maneira na qual os cabos são dispostos se transforma no receptor da descarga atmosférica. A teoria da gaiola de Faraday nos diz que o campo elétrico dentro de uma superfície condutora eletrizada é nulo.

 Dessa forma, uma malha de fios metálicos é instalada no telhado e recebe as descargas.

Por fim, existem os para-raios que utilizam o método eletrogeométrico (ou método da esfera rolante).

 Este método é baseado na delimitação do volume de proteção dos captores de um SPDA.

É possível utilizar hastes, cabos ou os dois. O esfera, no nome, é porque este para-raio consiste em criar uma esfera de mentira. Os locais em que ela tocar a edificação, a descarga também poderá tocar, então é necessário proteger tais pontos. É utilizado para construções muito altas ou com uma arquitetura complexa.

O uso do sistema de proteção contra descargas atmosféricas é de suma importância para proteção de pessoas e patrimônio material, além de ser exigência de normas possui uma completa norma técnica que trata especificamente de SPDA.

Existe muitos detalhes não abordados no artigo, aconselhamos que sempre que se realizem serviços ou projetos em SPDA consulte a NBR 5419 para maiores detalhes.